Monday, August 6, 2007

MILLENIUM/BCP



Nunca tal se viu: o interesse que tem despertado nos meios de comunicação a luta pelo poder no MILLENIUM/BCP. Por um lado, como toda a gente sabe, está Teixeira Pinto, actual presidente do Conselho de Administração; e por outro, Jardim Gonçalves, antigo PCA, actualmente numa prateleira doirada.

O que há aqui são birras, nada do que dessa luta resulte modificará a natureza e os objectivos do Banco.

O velho PCA deslumbrou-se um dia e deu-lhe na vontade de voltar à ribalta, porque lhe estava a fazer falta a azáfama diária. Simplesmente era tarde. Quem lá estava não era tão vergável como ele teria imaginado. Agora, andam em guerrilha.

Os meios de comunicação vêm dizendo que este Banco é o supra sumo da banca portuguesa: em termos de tecnologia de ponta utilizada nos serviços; nas ferramentas de gestão, etc., etc. O que não dizem é que ele tem sido um banco feito de show of: uma imagem com cores alegres e jovens; empregados a ganharem aparentemente acima da média, aparentemente motivados e dinâmicos; todo um markting a passar uma imagem de grande renovação geral, o que na minha opinião não passava de cosmética. Lembre-se o caso de não admitirem mulheres nos seus quadros. A polémica que gerou na altura. Era o verniz que estalava em toda uma encenação muito bem concertada.

Afinal de contas, o que ele era, o que ele é, é um banco como os outros, com objectivos bem prosaicos, ganhar fatias de mercado, ter lucros, e andar para a frente.

As maneiras simpáticas são apenas para vender mais. Sempre foi assim. Não tenham ilusões. Quando dizem que foram buscar o Jardim Gonçalves a Espanha nos idos de 78 do século passado, mais ou menos, para que ele, como se fosse o salvador da pátria, propusesse um ar fresco à estrutura bancária então vigente, estão querendo levar-nos a matutar em homens providenciais. Nada mais falso.

Seja como for, que se entendam, e que o Banco continue de boa saúde. Agora digo: esta luta fratricida é que básicamnente prejudica os interesses do Banco; colocam à mostra as suas fragilidades até hoje muito bem guardadas.

No comments: