Thursday, July 26, 2007

picadas de morte




Trezentos carros de guerra
com os gramofones instalados
e as picadas da morte fixas

Chapas de aço contra
o estado degradado

Fontes do mesmo calibre
correntes da mesma mão

MARQUES MENDES E O ABORTO NA MADEIRA




O nível do debate político tem descido muito. Veja-se o caso da lei do aborto. O Dr. Alberto João Jardim resolveu arranjar um artifício para não aplicar a lei do aborto na madeira. Diz que não há verbas previstas no orçamento regional para fazer abortos dentro da lei e como tal não os farão. Claro que vão acrescentando que não é pelo facto de não quererem cumprir a lei da República mas por uma questão de dinheiro.

Marques Mendes, colocado perante este absurdo, vai enfatizando que as regiões autónomas têm sistemas de saúde "re-gi-o-na-li-zados", acentua o homem, como se o público que o escuta fosse infantil. Portas, o outro direitista, lá vai dizendo "vejam só, criaram sistemas regionais de saúde, agora amanhem-se", lavando assim as suas alvas mãos.

O que se passa é que esses senhores não têm frontalidade bastante para chamarem as coisas pelos seus nomes. Arranjam subterfúgios uns atrás dos outros como se os que os escutam fossem gente sem capacidade de raciocínio. Talvez por isso também os seus fracos resultados eleitorais.

Em vez de se confrontarem honestamente com as suas contradições, avançam teorias sem sentido, partindo do princípio de que as pessoas são parvas. Sócrates colocando as cartas na mesa sobre o silêncio ensurdecedor dos dirigentes de direita acerca o afrontamento ressabiado do Dr. Jardim, utilizando para o efeito como arma de arremesso a lei do aborto, lançou o alvoroço sobre eles, provando ao mesmo tempo que o nacionalismo desses senhores é conforme as marés.

Wednesday, July 25, 2007

Nos picos da serra




Lascas de madeira
carbonizada
nos caminhos de terra
e cascas pretas
das árvores
das que restam
em pé

Corre uma nascente
ao lado duma casa
só paredes de pedra
quente do sol

Rente aos picos da serra
o ronco do avião veloz
a fugir para lá
deixando atrás
a agreste altivez
das penedias
orgulhosas

Manuel Alegre contra o medo *





O Senhor Dr. Manuel Alegre (Não sei se tirou o famoso "canudo", andando ele pelo Norte de África e nas prisões fascistas na sua juventude...) anda, como o "outro", muito preocupado com a deriva "autoritarista" do governo. Por este e mais aquele caso, etc., e tal.

A ele não lhe custa nada armar-se em cavaleiro andante e em cultivar essa imagem de anjo, que ao menos mantem a chama sobre si mesmo. Deviamos tentar perceber se a liberdade de expressão não terá a ver com as mordomias que pessoas como ele têm adquirido sem fazerem nenhum na vida, como foi o caso da reforma que obteve da televisão só por ter estado lá alguns meses. Essa liberdade ele tem porque pode.

Ele julga que um trabalhador de Câmara pode sem mais nem menos falar contra o seu presidente. Não pode. Nós sabemos que não pode. Ele, esse trabalhador, sabe que uma andorinha não faz a Primavera, sabe que tem filhos, sabe que ao lado não há trabalho, portanto, se tiver que dizer alguma coisa, fá-lo pela calada. Não tem liberdade de expressão. A liberdade de expressão deriva da capacidade que eu tenho de ser independente economicamente.

Os funcionários que mandaram as bocas julgavam que estavam isentos da mão pesada do governo, do tal "senhor presidente" noutra versão, porque o governo tinha laivos de socialista e popular. Mas enganaram-se. Faltaram ao respeito, e pimba. Mas a questão é que será sempre assim.

O Dr. Manuel Alegre insurge-se então, partindo da permissa que devia estar certa mas está errada, de que todos têm liberdade de expressão. Não é verdade. A democracia não é feita para todos. Ele devia saber isso. De qualquer modo eu penso que ele sabe, mas não lhe interessa dizer que sabe ou que deixa de saber. Enfim...

* título do "Publico" na primeira página. Este texto acima escrito partiu apenas desse título.

Tuesday, July 24, 2007

Trinta dinheiros




Trinta dinheiros
em banho Maria

Resistente
fava guisada
com pimenta
vermelha
e lapas

Todos os dias
as galinhas
depenicam
as lesmas

O CASO CHARRUA




O caso Charrua é engraçado. Acho que é das tais coisas mirabolantes que nem lembra ao careca. O senhor Charrua mandou a boca. A Directora não gostou e tentou castigar o senhor. O homem chorou baba e ranho. Coitado, vitima de injustiça. Perseguição. Liberdade de expressão ameaçada.

A Directora, ao fim e ao cabo deve ter posto o pé na argola. Devia querer livrar-se do individuo, que como se tem percebido, é um daqueles que estava colocado numa daquelas situações de taxo. Só que a coisa deu para o torto. O homem pôs a boca no trombone e cai o Carmo e a Trindade.

Agora, processo arquivado, o homem quer umas lecas porque foi "gravemente" molestado na sua saúde, etc. e tal. Até lhe calha bem. No meio disto tudo o senhor era PSD.

Imagine-se lá este senhor num Banco, por exemplo, o MILENIUM, a mandar bocas, no meio dos "colaboradores", assim no expediente, a dizer mal do Engº Jardim Gonçalves, ou do outro, o senhor Teixeira? Claro que o homem ia logo para o olho da rua. Do que é que se tratava aqui? De liberdade de expressão? Sim, com certeza. Mas diriam: o senhor estava a sujar a imagem do Banco, estava a prejudicar. Aí, saindo alguém prejudicado com as piadas, qual seria então o caminho a seguir?

O Nosso Presidente, Doutor Cavaco Silva, fala em piadas. Será que ele alguma vez perdoou as bocas que o senhor P. Portas lhe mandou através do Independente? Claro que sim, pela frente, mas no intimo a coisa ficou registada.

Enfim, o senhor Charrua, quanto a mim, lançou uma provocação disfarçada de piada. Eu acho que, no meio disto tudo, não está, nem nunca esteve em causa a liberdade de expressão. Mas antes a situação resulta, por um lado, do confronto entre uma senhora mais papista que o papa, e por outro lado, dum senhor que de repente ficou a ver navios, o seu sonho cor de rosa pelo cano, a sua prateleira dourada onde estava em fanicos.

Sunday, July 22, 2007

café puro




Pau de canela
licor de mel
azeite fino
café puro

Folhas Secas




Deitado
de barriga
para baixo
a folha fina
da relva
em frente dos
meus olhos
e as pequenas
folhas secas
saltitando
com a aragem
e o graveto
atravessado
que nem
uma trave.


As sombras
das árvores
bamboleiam-se
no chão

Tempo que
nem sim
nem não

Saturday, July 21, 2007

HARRY POTTER




A gente espanta-se ao ver as pessoas comprarem a última aventura de Harry Potter sem saberem se o livro é bom ou mau. Ou seja, compra-se um livro como se compra um automóvel, por exemplo. Se for um FIAT as pessoas andam à roda desconfiadas. Se for um mercedes compram logo. Ou seja, é uma questão de confiança.

A comparação pode não ser muito feliz pois há muitas variantes não consideradas. O que digo é que o bem cultural aqui não se destingue doutro bem comercial qualquer. Independentemente doutras considerações a escritora descobriu na produção do livro a árvore das patacas.

À porta de casa




À porta de casa
o porco levado
pela corda
alimentado a grãos
de milho
num copo de plástico
na avenida embandeirada.

Tambores de pele de cabra
e pífaros de cana da índia
e cantores rouquenhos
com as mulheres esganiçadas
num coro ingénuo na tarde quente
transformada.

E os rapazes e raparigas
e os gigantones espantados
percorrendo as filas
irrequietas.

Palavras e sons
e água para
matar a sede.

E cerveja fresca
espumante.

A seguir vem
o fim e os pés cansados.

Thursday, July 19, 2007

carreiras




É dramático percepcionar o modo como a nossa democracia tem funcionado. Para as eleições de Lisboa houve uma abstenção de 62%, o que significa que para a maioria que não votou tanto lhe faz que esteja no poder este ou aquele.

É sabido que quem chega ao topo tem que trepar as escadarias de máquinas organizativas, sejam partidos, sejam outras formas de organização. Só por si as pessoas não vão lá. A nata "nada" no "leite" que está por baixo, portanto, sem essa massa liquida não é "nada". Mas, na verdade, "ela" diz que é a essência, a tal aristocracia operária, a elite, a vanguarda, lembram-se? Ela afirma a sua necessidade. Na realidade, ela o que faz é abafar o "leite" que está por baixo. Não o deixa respirar.

No tempo dos Gregos havia mais sinceridade. Estavam fora da democracia os escravos, os estrangeiros, as mulheres. Hoje em dia não estarão também fora da democracia os velhos, os doentes, os desempregados, os que recebem o rendimento social de inserção, os gays, as prostitutas, os drogados, os imigrantes, etc..., etc...? Dirão que não. Porém, estar fora, não é dizer que não tenham direito ao voto, pois têm. Mas, de que serve? Responderá a nata que para eleger quem os represente na defesa dos seus interesses. Eles, os deserdados, podem no mínimo sorrir com esse descaramento.

Melhor seria, ao fim e ao cabo, que entregassem o governo do país aos economistas, aos técnicos, e acabava-se com a politica. Ou ainda melhor: o governo do país entregue a um computador. Pronto, neste aspecto, ninguém tinha que se preocupar.

Quem nos governa está pouco interessado na abstenção, ou no que ela significa. Não se viu muita preocupação com essa elevada taxa. Claro, há sempre que marcar posição no modo preocupado como se fala na questão. Há que ser politicamente correcto. Mas, é só forma exterior. Dias depois já ninguém se lembra, ninguém se interessa. Parte-se para outra.

Agora o que mais importa é acertar agulhas nas máquinas organizacionais. Ver os estragos, procurar novas alianças e andar para a frente. Vêem-se fazendo cálculos quanto ao futuro das suas carreiras; feitos pelo presidente desta secção, daquele presidente de Câmara, daquela que foi ministra, dum que foi primeiro-ministro, deste que é mais triste, daquele que é mais alegre.

Carreiras. Todos têm direito a elas, é verdade, mas na actual situação uns têm tido mais direito do que outros.

Wednesday, July 18, 2007

Sem Som




Os trabalhos
e as vítimas
que se dizem
na hora incerta

Outra não lamenta
a feroz desgraça
no ponto de discórdia

Almas arreganhadas
morrem tranquilas

Tuesday, July 17, 2007

chão





Não é fácil
descer
ao chão

Lentas
asas
escuras

Breves
nascentes

Queixas
velhas
vivas

Monday, July 16, 2007

zona




Zona de Verão
e música



Proa afiada
rasgando
a água


A natureza

útil ou inútil





mas não sai


O caminho

útil entre

vários


A diferença

entre a vida

e a morte


O futuro brilhante




Sunday, July 15, 2007

dias


Dias
intocáveis

A ânsia
do silêncio
nos olhos
tristes

Aí a rotina

livres mãos
estreitas vias

Friday, July 13, 2007

Inconsistência ideológica


As eleições para a Câmara de Lisboa revelam a fragilidade das ideologias. Há uma data de partidos na corrida. Dois deles estão fraccionados. Helena Roseta do PS e Carmona Rodrigues do PSD. O PCP tem o pouco convicto Ruben de Carvalho. O BE, o D. Quixote da cidade, Sá Fernandes. O CDS, o bem falante Telmo Monteiro. O truculento Garcia Pereira, relíquia do MRPP. Dos outros, peço desculpa, mas não sei os nomes.

Cada um tem o seu programa. Na verdade, cada um tem o programa que acha que é o melhor para a cidade. Na realidade, podia-se juntar todos, e arranjar um programa único, uma vez que em todos eles há ideias que se repetem nos outros. O único que não é politicamente correcto é o daquele senhor de pêra, que, me desculpe, neste momento não me lembro do seu nome, o qual defende uma politica contra os imigrantes que têm vindo para cá trabalhar. O homem é da ultra direita, mas pretende dar um ar desprendido, sabe-se lá se duma direita soft ou duma esquerda hard. De resto, todos os outros têm defendido, duma maneira ou doutra, politicas sociais semelhantes entre si, diferentes da desse senhor.

Helena Roseta tenta criar um ar de originalidade mas em vão. Carmona Rodrigues dividiu mais do que o previsto o PSD. Não há consistência ideológica no seio do PSD. Aliás, como no PS também. Mas no PSD é avassaladora a falta de consistência ideológica. É um caldeirão onde cabe tudo.

O BE anda a pairar desconcertado, à parte algumas bandeiras, não tem tido assunto. O MRPP é o mesmo, a passear de autocarro, a mostrar muita preocupação, mas no fundo o que está a fazer é a cumprir calendário, a mostrar que ainda existe, e pouco mais.

Quanto ao CDS, esforça-se bastante, vai a todas: tira a gravata se for preciso para limpar paredes com as próprias mãos, dando numa de proletra.

Claro que no contexto actual eleições para câmaras tendem a ter um cariz menos politizado. É o que se diz. Contudo, não é verdade que a politica tem a ver com o governo da cidade, da polis? Sendo assim, porque é que nos têm dado a ideia contrária, de que eleições para câmaras são de grau inferior em relação às eleições nacionais? Penso que há uma lógica nisso. Tem a ver com o principio do Estado, segundo o qual só há política verdadeiramente no seu seio. Assim, a política, o governo da polis, só pode estar no Terreiro do Paço.

montanha


Contar as mágoas
eternas
marcadas

Escalar
a montanha
gelada

calma

Calma
alma

Tempo
limpo

Wednesday, July 11, 2007

cara aberta


Cara aberta
para a terra

Festa nocturna
estrela do norte

Rumores e luzes

VIVA EUSÉBIO

Tuesday, July 10, 2007

Médicos

Coitado do homem, teve que fazer o trabalho dos outros. Claro, recebeu 300 mil euros, 60 mil contos. E não acha estranho... O homem enrola umas desculpas da treta. A ideia, percebe-se, é fazer-se vítima, lançando-se ao ataque para engendrar a sua defesa.

Vitima de quê? Do trabalho. Mas, reparem no descaramento, ele, no seu posto de trabalho, de mansinho conversando com a jornalista sobre o assunto, nem fala do valor astronómico que ganhou só num ano. Para essa gente tal montante é uma ninharia.

A escandaleira não o afecta. Cara de pau!

Máquina impessoal

Vivemos num mundo cada vez mais Kafkiano. O professor com cancro na garganta foi mandado para o trabalho já quase morto. Ping-pong dum lado para o outro nas responsabilidades.

As comissões é que têm culpa? Os médicos é que têm culpa? Este e aquele é que tem culpa?

O doente escreve desesperado a perguntar se não será, o indeferimento, lapso da secretaria. Não senhor! A coisa não tinha erro nenhum. Despacho correcto. Blá, blá, blá.

Depois o homem morre, e eles mais blá, blá, blá.

Cabeças não caem porque a máquina é que engendrou o despacho de indeferimento. A máquina da administração não tem rosto. Agora, o primeiro ministro vem com falinhas mansas explicar que ficou chocado com o acontecimento. Não podia fazer outra coisa, claro. Tinha que ser politicamente correcto. Agora vão criar novas regras. Blá, blá, blá.

De quem é a responsabilidade? Não há. Porque é uma questão de papeis, de processos, de cartas para aqui, cartas para ali. Pastas e pastas de papelada, pareceres deste e daquele.

Máquina impessoal e cega.

papel

Papel brilhante
nas entrelinhas.

Friday, July 6, 2007

passáros

Pássaros
trocados
voando.

Cadáveres
comidos
por cães
vadios
ao nascer do sol.

Traça a luz
um fio
de voz.

ZITA SEABRA

Não querendo ser parcial, vai-me o pensamento para ideias pre-concebidas, como sejam as dos velhos partidos comunistas, eivadas de razões esquemáticas, conceitas, "linhas", uma argumentação que ainda hoje faz parte da matriz do pensamento dos seus intelectuais, aliás, única justificação da sua fé.
Ideias, conceitos, tácticas, estratégias dum mundo que já não é o nosso. Se há ricos e pobres? Há. Se há exploração capitalista? Há. Se há classes? Claro que há? Então o que foi que se alterou? Ou o que foi que não se alterou? Não sei responder a isso, apenas sei que o espírito de religião dos PCs não colhe, quando se sabe que calha melhor aos profetas de barbas e turbante.
Se bem que as coisas se tenham alterado, penso que apenas superfercialmente. Aliás, acho que é um pouco como a igreja. Ela adapta-se aos tempos, mas na substância mantem-se a mesma.
Acho que isso tem um pouco a ver com Zita Seabra e com muitos outros que entraram em rotura com o PC. Chegaram à conclusão, depois de muita penitência, que não eram monges, e para religião bastava a outra. Claro que não será apenas isso. Mas, de alguma forma, esse é um grande motivo. Acho também que essa rotura é transverssal a todas as classes que povoam o PC.
Agora, na verdade, parece que ela foi uma mulher corajosa. E isso é de aplaudir. Quando se recusa a carneirice e dá-se um passo irrevogável é de respeitar. A coragem tem muitas vias.
Tudo isso a propósito do livro que Zita Seabra escreveu sobre a sua vida. Vou lê-lo. Também para perceber o grande escritor checo que foi Kafka.

Wednesday, July 4, 2007

TELEVISÕES

Nada tem importância até ao momento em que nos toca. Por exemplo o desmprego ou a doença. Aí até se chama as televisões, para alguns, evidentemente. Então, o problema deles é pior do que os outros. E as televisões ajudam a criar o mito apenas porque se encenou um palco do tamano do mundo. Por outro lado há quem, apesar da sua condição desesparada engula o desaire. São milhões. Mas não é por isso que as coisas sejam menos graves. A questão é algum cenário corde rosa que apesar de tudo nos montam as televisões. Apesar de todas as desgraças, elas estão longe. Ainda bem, suspiramos, não é comigo. Erro! As televisões criam mitos e bonanças. Disem o contrário, mas o contrário faz parte da mesma cena.

Rebobina

Rebonina
a fita
velha
enrolada
em panos.

Lisas
digitalizadas
imagens.

Voragem.

Tuesday, July 3, 2007

ESCOLHER

Escolher
a melhor maneira
de ser alguém
é um bicho raivoso
a escarafunchar.

Todos
andam ao mesmo
se estão vivos.

Os mortos
não são ninguém.

FUTUBOL

Ouvi dizer que uma jornalista americana se recusou a reportar a saída de Paris Hilton da prisão por achar a notícia futil e sem importância face a outras, como as de atentados no Iraque, por exemplo.
Agora, hoje mesmo, na nossa televisão lá estava um repórter com ar gravissimo a dar a notícia da lesão dum jogador de futubol no dedo mindinho. E gastou o homem largo tempo à volta do famoso dedo mindinho. Dedo mindinho para baixo, dedo mindinho para cima, e lá se vai tempo gasto de maneira indecorosa. Acho até, que esse exagero, nem é bom para os anunciantes, tanto é o rídiculo, que as pessoas até mudam de canal. Era bom falar com esses jornalistas e dizer-lhes que as pessoas têm um minimo de inteligêngia e acham que é uma fraude encher de tralha o tempo de antena.

Sunday, July 1, 2007

dentes

Dentes
esmagados
em álcool

Bombas
e caramelos
nas prateleiras
abaixo do preço