Tuesday, July 24, 2007

O CASO CHARRUA




O caso Charrua é engraçado. Acho que é das tais coisas mirabolantes que nem lembra ao careca. O senhor Charrua mandou a boca. A Directora não gostou e tentou castigar o senhor. O homem chorou baba e ranho. Coitado, vitima de injustiça. Perseguição. Liberdade de expressão ameaçada.

A Directora, ao fim e ao cabo deve ter posto o pé na argola. Devia querer livrar-se do individuo, que como se tem percebido, é um daqueles que estava colocado numa daquelas situações de taxo. Só que a coisa deu para o torto. O homem pôs a boca no trombone e cai o Carmo e a Trindade.

Agora, processo arquivado, o homem quer umas lecas porque foi "gravemente" molestado na sua saúde, etc. e tal. Até lhe calha bem. No meio disto tudo o senhor era PSD.

Imagine-se lá este senhor num Banco, por exemplo, o MILENIUM, a mandar bocas, no meio dos "colaboradores", assim no expediente, a dizer mal do Engº Jardim Gonçalves, ou do outro, o senhor Teixeira? Claro que o homem ia logo para o olho da rua. Do que é que se tratava aqui? De liberdade de expressão? Sim, com certeza. Mas diriam: o senhor estava a sujar a imagem do Banco, estava a prejudicar. Aí, saindo alguém prejudicado com as piadas, qual seria então o caminho a seguir?

O Nosso Presidente, Doutor Cavaco Silva, fala em piadas. Será que ele alguma vez perdoou as bocas que o senhor P. Portas lhe mandou através do Independente? Claro que sim, pela frente, mas no intimo a coisa ficou registada.

Enfim, o senhor Charrua, quanto a mim, lançou uma provocação disfarçada de piada. Eu acho que, no meio disto tudo, não está, nem nunca esteve em causa a liberdade de expressão. Mas antes a situação resulta, por um lado, do confronto entre uma senhora mais papista que o papa, e por outro lado, dum senhor que de repente ficou a ver navios, o seu sonho cor de rosa pelo cano, a sua prateleira dourada onde estava em fanicos.

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